DR DIEGO MALUCELLI

Tabagismo e bebida alcoólica são causas importantes para o mau hálito

28. novembro 2017

Tabagismo e bebida alcoólica são causas importantes para o mau hálito

A halitose, ou o famoso mau hálito, afeta muitos brasileiros. Segundo dados da Associação Brasileira de Halitose, no Brasil, aproximadamente 30% da população sofre com este problema – cerca de 50 milhões de pessoas.

De acordo com o otorrinolaringologista Diego Malucelli, da Otorrinos Curitiba, hábitos ruins como o tabagismo e o consumo excessivo de bebida alcoólica são causas importantes da halitose. “No caso do tabagismo corresponde ao odor do fumo e ao ressecamento que a fumaça causa na mucosa oral. O álcool, além da desidratação, causa uma agressão local na mucosa oral”, explica.

A halitose não é uma doença, mas pode ser um indicativo para alguma patologia ou problema de saúde. Além disso, possui causas diversas.

“As causas mais comuns têm origem na cavidade oral, porém existem várias outras, como as otorrinolaringológicas. Dentre elas a mais comum é a amigdalite caseosa, que são aquelas ‘massinhas brancas’ com odor um pouco desagradável que saem das amígdalas. As demais causas podem ser as metabólicas, como o diabetes, as medicamentosas, o estresse, entre outras”, explicou o especialista.

De olho na higiene!

A higiene bucal em dia é requisito básico do paciente que tem halitose, mas é importante fazer uma avaliação médica para verificar as verdadeiras causas e orientar o paciente da melhor maneira.

“Além da correta higiene oral, é importante beber muita água, evitar alguns alimentos carregados que sabemos que causam halitose e dar preferência às frutas e verduras. Também é importante evitar a automedicação, o fumo e as bebidas alcoólicas, realizar visitas regulares ao dentista e procurar ajuda médica especializada quando suspeitar de outras causas”, orientou Malucelli.

Mau hálito tem origem estomacal?

O médico lembra, ainda, que apesar de ser muito difundido de que o mau hálito tem origem no estômago, as alterações gástricas não são as principais causas da halitose. Elas correspondem a menos de 1% dos casos diagnosticados, ocorrendo nos casos de regurgitações ou eructações, mais conhecidos como arrotos.

Vale também mencionar a halitose matinal, aquele hálito não tão agradável assim que todos nós temos pela manhã. De acordo com o médico, o odor acontece porque quando dormimos, a quantidade de saliva diminui, prejudicando a limpeza natural da boca, provocando um acúmulo de restos alimentos e a descamação natural da mucosa oral.

Mais dicas para evitar o mau hálito

  • Faça refeições a cada 3 horas, pois o jejum prolongado pode afetar seu hálito;
  • Evite o consumo excessivo de alimentos com odor carregado ou contendo enxofre em sua composição, tais como alho, cebola, picles, repolho, couve, brócolis. Gorduras e frituras em geral, de ação estimulante (café, refrigerantes tipo “cola”, achocolatados), ricos em proteínas (carne vermelha, leite e derivados), entre outros, também podem atrapalhar o bom hálito;
  • Tenha uma dieta balanceada, incluindo uso de alimentos duros e fibrosos;
  • Visitar o dentista a cada seis meses.

Apesar de muitas vezes ser abordada de forma pejorativa, a halitose deve ser tratada assim que os sintomas forem notados. “Livrar-se dessa sensação desagradável, que pode até atrapalhar o paciente na questão profissional e pessoal, garante uma vida melhor”, resume o doutor Diego.

 

 

Sobre Diego Malucelli

Diego Malucelli é médico otorrinolaringologista, especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (SBORL) e Mestre em Distúrbios da Comunicação pela Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). Possui MBA em Gestão de Negócios em Saúde pela Universidade Gama Filho e é especialista no tratamento de halitose. É professor da UTP, preceptor de Faringoestomatologia do serviço de especialização em Otorrinolaringologia do Hospital da Cruz Vermelha, além de Chefe do Serviço de Otorrinolaringologia no mesmo hospital.

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